Após meses de crescentes conflitos internos, Jean Paul Prates foi oficialmente destituído do cargo de presidente da Petrobras.
Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional de Petróleo durante o governo Dilma, é a designada para assumir a liderança da principal estatal do país.
A decisão de demissão surgiu em meio à divulgação, pela empresa, de uma queda significativa de 38% no lucro do primeiro trimestre, acompanhada da aprovação pelo conselho de um pagamento de dividendos no valor de R$ 13,5 bilhões.
A origem do mau estar seguida de sua demissão foi causada por conta dos dividendos, mais precisamente na retenção dos dividendos extraordinários de R$ 20 bilhões do quarto trimestre pela Petrobras.
Em vez disso, a estatal optou por distribuir o mínimo possível, totalizando R$ 14 bilhões. Essa medida, embora tenha agradado a Lula e Haddad, gerou discordância entre o então presidente da empresa e outros ministros, resultando na formação de dois grupos antagônicos.
O agravamento da crise ocorreu quando Prates afirmou que foi Lula quem ordenou o bloqueio dos dividendos extraordinários, aumentando ainda mais a tensão.
O presidente chegou a sondar Aloizio Mercadante para assumir o cargo, porém seu histórico de defesa da intervenção estatal gerou alta rejeição no mercado financeiro.
É importante ressaltar que a Petrobras, avaliada em mais de R$ 550 bilhões, é a maior empresa do Brasil e também a mais cobiçada pelos políticos. No ano anterior, registrou o maior lucro da bolsa, totalizando R$ 124 bilhões.
Pós-fechamento do mercado, as ações da Petrobras sofreram uma queda superior a 9%, deixando em suspense a reação da comunidade financeira para o dia seguinte.