O resgate foi parte de uma operação da Polícia Civil do Estado do Amazonas, que também resultou na apreensão de 20 toneladas de alimentos impróprios.

Seis cidadãos venezuelanos foram libertados de condições análogas à escravidão em um armazém na Zona Leste de Manaus, durante uma operação liderada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) na última terça-feira (14). A operação, denominada Alforria, não apenas resgatou os trabalhadores, mas também resultou na apreensão de alimentos inadequados para consumo.

Os indivíduos foram descobertos em um depósito frigorífico no bairro Mauazinho, onde foram encontrados confinados sem acesso a água potável ou instalações sanitárias adequadas.

As autoridades constataram que esses trabalhadores eram forçados a adulterar produtos alimentícios impróprios para consumo, os quais seriam posteriormente vendidos clandestinamente em supermercados de médio porte na capital.

Cerca de 20 toneladas de alimentos industrializados, incluindo carne para hambúrguer, salsichas e outros produtos processados, foram apreendidos e estão programados para serem descartados.

De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações tiveram início há três semanas, após a Vigilância Sanitária apreender produtos com suspeitas de adulteração durante uma fiscalização.

A investigação policial revelou que um empresário de 56 anos estava por trás do esquema criminoso. Ele adquiria produtos vencidos de grandes supermercados de Manaus, alegando falsamente que seriam descartados. Posteriormente, ele levava esses produtos para o armazém, onde os trabalhadores estrangeiros eram obrigados a alterar as datas de validade para serem vendidos ilegalmente.

O suspeito foi detido em flagrante por crimes que incluem redução à condição análoga à de escravo, falsificação, corrupção e adulteração de produtos alimentícios. Após os procedimentos legais, ele permanecerá sob custódia e à disposição da Justiça.

A Polícia Civil informou que os trabalhadores libertados serão entrevistados e depois encaminhados para abrigos de acolhimento a refugiados.

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