Delegacia do Meio Ambiente do Amazonas investiga maus tratos a animais em casa de ex-sinhazinha do Boi Garantido
A Delegacia do Meio Ambiente do Amazonas (Dema) abriu uma investigação para apurar denúncias de maus-tratos a animais na residência de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido. As denúncias surgiram após a morte de Djidja, que resultou na prisão de seu irmão e sua mãe. A delegada Juliana Viga confirmou que o inquérito será iniciado nesta segunda-feira.
Imagens obtidas pela polícia mostram o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, segurando uma cobra e inalando uma fumaça que supostamente seria de maconha. A família criava pelo menos seis cobras, conhecidas nas redes sociais como Afrodite, Seu Banana, Posseidon, Medusa, Zeus e Athena.
“Vamos investigar o crime de maus-tratos aos animais, pois Ademar submeteu uma cobra à inalação de fumaça de cigarro de maconha, e também vamos verificar outras situações de maus-tratos com relação aos cães que viviam na residência de Djidja”, declarou a delegada Juliana Viga.
A deputada estadual Joana Darc, médica veterinária, participou do resgate dos animais após as prisões. “Eles também tinham um canil que vendia animais. Estamos investigando se o canil servia para justificar a compra de ketamina”, afirmou a deputada.
A ketamina, substância que causou a morte de Djidja, tem uso veterinário autorizado pela Anvisa apenas como sedativo para animais de grande porte. Entre os resgatados estavam oito cães, incluindo um chamado Huck, que sofreu uma parada cardíaca devido à droga. Joana Darc, presidente da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas, relatou que os animais foram submetidos a exames para verificar a presença de substâncias tóxicas.
A investigação também considera a possibilidade de os animais terem sido usados em rituais da seita ‘Pai, Mãe e Vida’, liderada por Ademar e Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja. A polícia suspeita que a seita esteja envolvida no uso abusivo de ketamina, que pode causar delírios e alucinações em humanos, além de graves efeitos colaterais.
Neste domingo, em coletiva de imprensa, os advogados da família Cardoso negaram qualquer envolvimento da família em rituais satânicos com animais.
Via: CNN