Teve gente trabalhando ontem à noite na Faria Lima. A varejista Casas Bahia anunciou que está entrando em Recuperação Extrajudicial (RE) para reestruturar sua dívida de R$ 4,1 bilhões.
Na prática, isso nada mais significa que a empresa está buscando um acordo com seus credores (quem precisa receber da empresa) para alongar o prazo de pagamento das dívidas e reduzir os juros.
A empresa — e todo o varejo brasileiro — vem enfrentando um cenário econômico desafiador, com o consumo das famílias sendo afetado pela inflação.
Acontece que no caso deles, R$ 1,5 bilhão de dívidas estavam para vencer já neste ano, o que poderia tornar a existência do business inviável. Com a Recuperação Extrajudicial, o primeiro pagamento da dívida será apenas em 2026, quando terá que pagar “apenas” R$ 250 milhões.
O movimento gera fôlego para a operação e não interfere no dia a dia da empresa, que pode continuar vendendo seus produtos e fazendo o negócio girar nas mais de 1.700 lojas.
Uma curiosidade: Os credores da Casas Bahia poderão converter parte da sua dívida em participação acionária na empresa, algo não muito comum no mercado.

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